quinta-feira, 8 de maio de 2014

FLASH CABINDA ENTREVISTA COM GEORGE BAV


Rapper, compositor, produtor e super independente o Rapper George Bav é um exemplo de luta no Rap feito em Cabinda.


1- Em poucas palavras quem é o George Bav ?

R: George Bav é nada mais e nada menos que um músico (Rapper, compositor e produtor…), super independente com objectivos extremamente pessoal.

2-Quando é que começou a sua paixão pela música ?

R:A paixão pela música (Risos), o meu grande amor. (Risos). Para ser sinceiro já faz um bom tempo que eu me sinto super apaixonado pela música, mais se a memória não me falha ou não me deixar mentir eu diria que eu curtia dele desde mais pequeno, e começei a sentir uma pequena atração pelo estilo Rap em 1997, atravez de algumas influências dos meus kotas Masta Vila (Americo Bavana), Os tchiowa Boyz, Black company, SSP e 2PAC. Na altura eu ainda morava no bairo 4 de fevereiro nos arredores do Mangui seco e comecei a me sentir Rapper no ano 2000 se não estou em erro, isso aconteceu no momento em que os meus pais decidiram mudar de Bairo e fomos morar no 1º de maio ( Aeroporto), lá me juntei ao niggaz da Ala Sul ( Africa Mbambatah). Até agora a relação está super optima e o love está super big e confortavel, com o surgimento de um dos grupos mais forte da banda é claro o meu “DOUBLE B” (Black Hood & Balaz Hood) (Risos).

3- Neste momento estas com quantas músicas e como tem sido a recepção do povo?

R: Hehh, até agora só sei que tenho duas mix taps a rolar nos cubicos ('casas'), fones, Ipods, Blogs e youtube, incluindo algumas participações feitas. Mais já dá para os Djs criarem um MP3 do George Bav disso não tenho dúvidas. Quanto a recepção do povo eu não sei bem se a relação está optima, mas até um certo ponto eu consigo notar e sentir o calor do pessoal em alguns espetáculos onde fui convidado, normalmente nos finais das minhas apresentações , tenho recebido palavras incentivadoras e isso faz me crer que estou no bom caminho…

4-E o que tens a dizer sobre o Rap no mercado de Cabinda?

R:O Rap no mercado de Cabinda, está a comportar-se da melhor forma, até agora é o que eu posso dizer, está mesmo a tentar recuperar o tempo perdido, eu so acho que até agora só falta mesmo o pipol (‘pessoal’) tentar ou mudar definitivamente o preconceito existente concernente ao Rap feito na banda, na verdade eu digo vos que tem muitos Rappers a bulirem(‘trabalharem’) de verdade incluindo as nossas manas que agora não querem estar ausentes nessa nova linhagem. E é de agradecer o empenho que os produtores e promotores têm feito para enaltecer o movimento Hip Hop da banda. One love meus kotas e muito obrigado pelo apoio que têm nos fornecido.

5-Fale um pouco das dificuldades que tens encontrado como fazedor de música Rap em Cabinda?

R: As únicas dificuldades que tenho encontrado e com certeza as que mais me tiram do sério são: 1. Os cortes constante de energia eléctrica, na minha banda a energia não faz vai e vem, ela faz vem e vai e para voltar é um caso sério.
2. Meios para divulgação das músicas feitas, até agora temos tido uma grande dificuldade em termos de promoção. E aproveito agradecer o Pastor, Neflin e a Radio nacional de Angola, pelo suporte que têm dado nos últimos dias especialmente por terem implementado o programa parada musical Hiphop.

6-E para quando um álbum de George Bav ?

R: Álbum!!! Álbum, yah está na mira, o álbum vai sair, mais ainda acho muito cedo falar em álbum, é bem verdade que para tal tenho ainda que trabalhar bastante em termos de produção e promoção, de momento eu só presiso conquistar os 90% dos bons ouvintes e fazedores de boa música Rap o resto será coisa leve.

7-Qual é o conselho que podes deixar para os outros músicos e principalmente rappers de Cabinda visto que há uma onda de novos rappers a surgirem no mercado?

R: Em Primeiro lugar eu quero agradecer a todos Niggaz pela a escolha que tiveram, para mim isso já é um bom passo que vocês deram, mesmo sabendo que nesse momento o Rap ainda não superou o nivel que os outros estilos alcançaram. Mais para mim o que mais importa é a força de vontade, dedicação e acima de tudo a humildade no trabalho, quando agente faz de coração o que sentimos que temos que fazer, por mais dificil que pareça ainda que o mundo te dizer que não adianta insistir, eu vos digo, meus irmãos “ os primeiros passos são inúteis se não andarmos até ao fim”… a malta chega lá com ou sem ajuda de ninguém mais só não devemos esquecer de levar DEUS por onde formos… está a dica da minha mãe Dona Angelina…

Jornalista: Grecitelmo Maneta Postado por: Gabriel Tomas Ivaba 07/05/2014.